Segundo levantamento realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado em 2017, o Brasil é o país com a maior taxa de pessoas com transtornos de ansiedade no mundo – e o quinto em casos de depressão.

O estudo mostra que 9,3% dos brasileiros têm algum transtorno de ansiedade, ao passo que a depressão afeta 5,8% da população – que transforma o problema numa questão de saúde pública. E, entre os sintomas, especialistas apontam a dificuldade de concentração, problemas no sono e preocupação excessiva.

Em entrevista concedida ao jornal O Estado de S.Paulo, o especialista em saúde mental da OMS, Dan Chisholm, afirmou ser difícil indicar um fator isolado que explique a alta taxa desse tipo de transtorno no Brasil – e o mesmo vale para quadros de depressão.

Porém, em sua avaliação, Chisholm pontuou fatores particulares à realidade atual do país, como a situação econômica e seus desdobramentos: níveis de pobreza, desigualdade, desemprego e recessão. Embora fatores ambientais, como o estilo de vida em grandes cidades, também apareçam entre as possíveis causas.

A resposta da atenção plena

Ao contrário do que normalmente pensamos quando falamos em meditação, a resposta do mindfulness não é encontrar formas de “fugir” de pensamentos ou emoções que consideramos negativos. Mas, sim, nos voltamos a eles com compaixão e atenção aos gatilhos que os provocam.

Para a meditação mindfulness, quando somos “invadidos” por emoções, é necessário reconhecer que elas existem e que estão nos influenciando. Dessa forma, conseguimos aceitar esses sentimentos e, a partir disso, promover transformações na forma como respondemos a eles.

Esse exercício diário inclui darmos atenção também às sensações físicas que acompanham essas emoções e pensamentos adversos. O que nos ajuda a ter maior clareza a respeito dos fatos que os desencadeiam.

Muitas vezes, nossos pensamentos estão atrelados a fatos passados ou a possibilidades no futuro, o que gera ansiedade e frustração por não termos como muda-los. Por isso dizemos que “ser mindful” é se conectar ao que acontece no presente.

E para que todo esse processo possa se dar de forma harmoniosa, em nosso corpo e mente, a autocompaixão é o caminho. Ser gentil e atencioso consigo mesmo é uma forma de cultivar a gentileza e o olhar cuidadoso também para com o outro.

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