As nove atitudes do mindfulness

As chamadas nove atitudes do mindfulness são princípios que norteiam a prática e difundem alguns dos valores cultivados nesse tipo de meditação. No Estúdio, todos os cursos e sessões são fundamentados nas meditações básicas. No entanto, temos diferentes opções de temas de prática na nossa grade horária. E uma delas, a ESSENCIAL +A, atenta para o cultivo dessas atitudes na prática de meditação. Conheça-as aqui.

1) Não julgamento: na verdade um convite à consciência do quanto julgamos situações e pessoas e ao discernimento no lugar de enxergarmos o externo através apenas das lentes de nossos próprios gostos e preferências.

2) Paciência: deixar as coisas desenrolarem-se em seu próprio ritmo.

3) Manter uma mente de principiante: ou seja, aquela que está disposta a ver tudo como se fosse a primeira vez.

4) Aceitação: atitude que nos leva a ver as coisas como elas são no presente (e a trabalhar para a mudança a partir desse princípio).

5) Desapego: perceber quando queremos manter algo, prolongar uma experiência, e trazer a ideia do desapego, de deixar ir, deixamos as coisas fluírem naturalmente.

6) Confiança: quando cultivada em nós mesmos, nos torna capazes de leva-la a nossos relacionamentos (com o outro, com os desafios e com a natureza).

7) A ausência de esforço: nada tem a ver com inércia e sim com consciência guiada pela atenção plena. A ideia é permitir que as coisas sejam naturalmente abarcadas pela nossa mente, sem ter que forçar que algo aconteça.

8) Gratidão: ao momento presente, ao fato de estarmos vivos, criando um relacionamento único e poderoso com o bem-estar.

9) Generosidade: quando oferecemos ao outro simplesmente para vê-lo feliz, potencializando a conexão e a real interatividade com o que nos rodeia.

Melissa e Moved: parceria em evento

A Melissa e o Moved By Mindfulness foram parceiros durante a convenção de inverno da marca, realizada nos dias 12 e 13 de novembro de 2017.

Além de ajudar na concepção e criação, o Estúdio esteve presente com cinco instrutores. Durante os exercícios, os convidados foram divididos em grupos de 25 pessoas, que passaram por cinco salas.

Em cada sala acontecia uma prática diferente. Mais de 500 pessoas passaram pela experiência que provocou elogios e gerou muita emoção.

No segundo dia do evento, um espaço permaneceu aberto ao público com instrutores do Estúdio Moved By Mindfulness  guiando as práticas.

Convites como este, que nos permitem plantar essa sementinha no ambiente de trabalho, mostram como o mindfulness pode ser inserido em tantos contextos diferentes.

A empresa vem inovando em suas convenções, trazendo vivências que agregam valor à marca e aos eventos. Esse ano o tema da coleção é “open vibes” e a diretora artística Erika Palomino criou uma sala de imersão toda baseada em mindfulness – com atividades guiadas pelo Moved By Mindfulness

Nosso muito obrigado à Erika Palomino e à Melissa pelo convite.

Atividades Moved By Mindfulness, na convenção anual da Melissa, em novembro de 2017

Posição: é preciso sentar no chão para meditar?

Nossos cursos e sessões são voltados tanto para quem está começando na meditação mindfulness quanto para aqueles que já têm alguma experiência. Algumas pessoas, no entanto, podem ter dúvidas com relação à postura durante a prática: é preciso sentar no chão?

Na verdade, o importante é sempre buscar uma posição para o corpo que nos deixe prontos para o momento de meditação. Por isso, uma das propostas é a postura considerada tradicional – sentado no chão, com as pernas cruzadas. Mas essa não é a única.

A qualidade da meditação não fica comprometida se o aluno optar por acompanhar as sessões sentado numa  cadeira comum ou numa cadeira própria para a prática – buscando sempre manter a coluna ereta, porém, confortável. Aqui no Estúdio, cadeiras especialmente pensadas para esse fim dividem espaço com colchonetes e almofadas para que todos encontrem a postura que mais traga conforto.

MINDFULNESS NO DIA A DIA: UM MINUTO DE SILÊNCIO

Se você quer praticar meditação, mas acha que não tem tempo, esse é um começo: pare e observe sua respiração. Pode ser  um minuto de silêncio, um instante ou o tempo que você puder.

Conseguir incluir esses momentos no decorrer do seu dia é o pontapé para a mudança que você precisa para realizar suas atividades com mais foco e clareza.

Seja antes de uma reunião importante, do cafezinho, de uma refeição ou mesmo antes de chegar em casa ou ao escritório. Pare, feche os olhos (se for possível naquele momento!) e concentre-se na respiração. Basta respirar normalmente e observar como se sente. Boas práticas!

Imagine que você está em 2050 e um novo sistema se desenvolveu: a Economia da Compaixão

O mindfulness cresce em diversas áreas e as mudanças ocorrem não apenas dentro de cada indivíduo mas também no todo que é a nossa sociedade

Imagine que você está no ano de 2050. Muitas tecnologias e novas descobertas apareceram para nos ajudar a viver melhor, a aproveitar mais os recursos naturais e promover a sustentabilidade no planeta. Mas não é apenas no campo da tecnologia que evoluímos, em 2050 aprendemos a nos relacionar de modo mais humano. A meditação e o mindfulness aparecem em diversas áreas do nosso cotidiano e podemos sentir as transformações em toda a sociedade. O mundo evoluiu e estamos finalmente todos conectados. A humanidade está ligada em rede, não apenas uma rede digital mas uma rede de autocuidado e compaixão. Em 2050, as crianças aprendem a meditar na escola e praticam juntas dentro e fora da sala de aula. Nos locais de trabalho as relações são de cooperação e colaboração. Temos espaço para a diversidade e tolerância.

Um minuto de silêncio
Imagine que antes de toda reunião ou conversa iniciamos com 1 minuto de silêncio e todos nos colocamos a ouvir o outro com atenção plena. Em cada conflito ou discussão tentamos nos posicionar no lugar do outro, pensar em como podemos resolver a questão com mais equilíbrio e gentileza.

No comércio podemos ver consumidores mais conscientes, escolhendo produtos alinhados com seus valores de compaixão com os animais e respeito com a natureza. No campo da saúde, temos um promoção de ações ligadas a prevenção de doenças e de melhor qualidade de vida. Cada pessoa se compromete com a auto responsabilidade por sua própria saúde. A meditação junto com escolhas saudáveis são responsáveis por uma transformação nas nossas vidas. As famílias têm reservado um espaço no seu dia para seus membros falarem como se sentem e como podem mudar para melhorar a sua relação.

Nesse ano de 2050 comemoramos a redução das estatísticas da pobreza e da fome mundial, estamos no caminho certo. Percebemos que estamos todos juntos, que somos parte de um único organismo e que não há separação entre nós, estamos todos unidos em uma grande rede de auxilio e cuidado.

Compaixão
Então podemos observar como o modo de nos relacionarmos e de produzirmos mudou, nossa economia não está mais baseada na competição ou no medo da escassez. Nosso sistema econômico agora se chama  ´Economia da Compaixão` ou Caring Economy. 

Agora imagine se tudo isso não fosse somente uma fantasia sobre o futuro, mas pudesse realmente estar acontecendo. No meu entendimento, posso enxergar essa mudança em diversas ações e diversas pessoas todos os dias, no momento presente. Vejo que os trabalhos já começaram. Algumas pessoas e organizações já estão agindo  nesse sentido, estudiosos estão pesquisando como isso pode acontecer. Um exemplo é Tania Singer com seu estudo sobre Caring Economy.

De acordo com Tania, do Instituto Max Planck – Institute for Human Cognitive and Brain Sciences, Leipzig, Alemanha, “a compaixão pode ser definida como a emoção que se experimenta quando nos preocupamos com o sofrimento do outro e queremos melhorar o bem-estar desse indivíduo “(Keltner e Goetz, 2007). Em outras palavras, a compaixão tem um componente afetivo e um componente motivacional prosocial .” O desenvolvimento de emoções sociais, como a compaixão, é crucial para interações sociais bem-sucedidas, bem como para a manutenção da saúde mental e física “.

Pessoalmente acredito nessa força do ser humano em treinar e potencializar seu lado da compaixão, trabalhando para o todo. Agora é uma questão de expandir e crescer, chegar a lugares mais distantes. O momento pede engajamento com nossa prática pessoal. E de dentro pra fora vamos mudando o mundo juntos.

“Os seres humanos tendem a achar fácil simpatizar e se preocupar com os membros de seu grupo. A partir da empatia natural que já temos com algumas pessoas, através da atenção plena, podemos cultivar habilidades para poder expandir esta empatia para mais e mais pessoas. É uma espécie de ´treinamento`. Estamos treinando nossas mentes, estamos expandindo nossa consciência e estamos reverberando isso em nossos atos e ações .” **

*Study: Functional Neural Plasticity and Associated Changes in Positive Affect After Compassion Training  – Cerebral Cortex Advance Access published June 1, 2012

**Article Building a Caring Economy from World Economic Forum in Davos.

(citacões livremente traduzidas por Moira Malzoni)